Se até agora a série vinha aquecendo os motores, As Trevas nos Caminhos pisa fundo. O episódio é tenso do início ao fim, e não é só por causa do perigo físico que cerca o grupo — é porque, pela primeira vez, tudo começa a ruir por dentro. As relações, as verdades ocultas e até a confiança entre eles são colocadas à prova.
Os Caminhos, por si só, já são um cenário incrível: escuros, silenciosos e cheios de ameaças invisíveis. Eles representam muito bem o estado do grupo. Estão todos juntos, mas separados emocionalmente, cada um carregando dúvidas, medos e feridas mal cicatrizadas.
O grande destaque vai pra revelação do verdadeiro objetivo de Moiraine. Ela nunca foi do tipo que explicava muito, mas agora ela joga a real: vai levar quem for o Dragão até a Última Batalha — e os outros… bem, talvez não voltem. É um soco no estômago. E essa decisão quebra o grupo de vez. As reações são intensas, e cada personagem lida com isso de forma diferente. Confiança vira ressentimento. Lealdade vira dúvida. E o clima pesa.
A gente também mergulha um pouco mais no passado de Lan. Até então ele parecia esse guerreiro invencível, fechado, sempre no controle. Mas aqui a série mostra que ele também tem raízes, dores e uma história marcada por perdas. A conexão dele com Nynaeve começa a ganhar mais corpo — e uma humanidade que contrasta com toda a dureza do mundo à volta.
E então vem o momento que todo fã esperava: a identidade do Dragão Renascido é revelada. E mesmo que as pistas já estivessem ali, o impacto é forte. Porque agora o jogo muda completamente. Não é mais sobre “quem pode ser”, e sim sobre o que esse alguém vai fazer com esse poder absurdo nas mãos. E se vai aguentar o peso dele.
O episódio tem um ritmo mais introspectivo, mas não perde o impacto. É como a calma antes da tempestade. A Roda girou até aqui preparando todos os caminhos — agora ela aponta direto pro Olho do Mundo. E a sensação é de que ninguém vai sair inteiro disso.