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Foto: Reprodução/Prime Video |
Sangue Pede Sangue é um episódio carregado de peso emocional. Depois da tensão e da ação intensa do episódio anterior, esse aqui respira — mas com um ar denso, cheio de perdas, reencontros e presságios. É o tipo de capítulo que não grita, mas que bate forte.
Perrin e Egwene têm um reencontro inesperado com um rosto familiar que traz um pouco de esperança… e um pouco de dor. O contraste entre o que eles viveram até agora e o que reencontram nesse momento é marcante. Dá pra ver que a jornada já os mudou profundamente, especialmente Perrin, que tá cada vez mais introspectivo e misterioso.
Rand e Mat, por outro lado, continuam enfrentando o lado sombrio da estrada. O estado de Mat só piora, e Rand já não sabe se está lidando com um amigo doente… ou possuído. A tensão entre os dois cresce, e a chegada de um grupo de estranhos só torna tudo mais incômodo. Tem algo errado no ar o tempo todo. Dá aquela sensação de que, a qualquer momento, algo vai dar muito errado — e às vezes dá mesmo.
Mas o ponto alto do episódio, pra mim, está com Moiraine e Lan. A perda que eles enfrentam é profunda e muda tudo entre eles. A dor que carregam, principalmente Lan, é silenciosa, mas devastadora. Pela primeira vez, vemos o Guardião desmoronar — não em gritos, mas em gestos, num olhar, num ritual. É bonito e triste ao mesmo tempo. Mostra o quanto esses personagens, que até agora pareciam inabaláveis, também sangram.
O título Sangue Pede Sangue não é à toa. Esse episódio fala de sacrifício, de laços antigos, de promessas que cobram um preço. É sobre tudo que os personagens já perderam — e o que ainda vão ter que deixar pra trás.
Mais contido em ação, mas muito mais profundo em emoção e desenvolvimento de personagem. A Roda não para de girar, e agora ela carrega cicatrizes.