Cid Moreira, um dos maiores nomes da comunicação brasileira, faleceu hoje, 3 de outubro de 2024, em Petrópolis, aos 97 anos. Nascido em Taubaté, no dia 29 de setembro de 1927, Cid construiu uma carreira memorável que atravessou décadas, sendo amplamente reconhecido como o primeiro e mais longevo apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo.
Sua trajetória no jornalismo começou cedo, aos 15 anos, na rádio Difusora de Taubaté, onde iniciou sua carreira como locutor, após ser convidado devido à sua voz grave e marcante. Posteriormente, formou-se em contabilidade, mas sua paixão pela comunicação prevaleceu. Em 1947, transferiu-se para a Rádio Bandeirantes, onde viu seu prestígio crescer rapidamente, narrando importantes campanhas políticas, como a de Ademar de Barros, nas eleições estaduais de São Paulo.
Cid Moreira consolidou sua presença nas principais emissoras de rádio e televisão do país. Na década de 1950, trabalhou na Rádio Mayrink Veiga, onde permaneceu por doze anos. Sua entrada no cinema como narrador e ator também marcou essa fase da carreira, narrando documentários e participando de filmes como Angu de Caroço (1955) e Traficantes do Crime (1958).
Seu grande salto para a televisão ocorreu com a contratação pela TV Excelsior e, mais tarde, pela Rede Globo, onde se tornaria uma lenda ao apresentar o Jornal Nacional entre 1969 e 1996. Cid foi o rosto e a voz que, por quase três décadas, trouxe as principais notícias para os lares brasileiros. Sua frase “Boa Noite”, que encerrava as edições do telejornal, tornou-se um símbolo de sua presença inconfundível.
Além de sua carreira no jornalismo, Cid também teve destaque ao gravar a Bíblia cristã em áudio, em 2001, um projeto que alcançou enorme sucesso, com mais de 33 milhões de cópias vendidas. Mesmo após se afastar das bancadas do jornalismo televisivo, ele continuou ativo, lançando livros e projetos relacionados à narração e locução.
O Brasil perde hoje uma voz única, que marcou gerações e ajudou a moldar a história do telejornalismo no país. Cid Moreira deixa um legado incomparável e será eternamente lembrado por sua contribuição ao jornalismo e à cultura nacional.
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